Sim, eu tenho alguns preconceitos. É duro admitir isso, porque sou do tipo que odeia preconceitos e já fui capaz de me sentir superior a eles. Mas vez ou outra sou obrigada a admitir que nem sempre resisto aos conceitos formados sem conhecimento de causa.
Aconteceu nesta última edição do Big Brother.
Sim, eu assisto Big Brother e consigo me envolver com as emoções humanas ali representadas, apesar do exagero do merchandising e das manipulações, algumas evidentes demais.
O caso é que olhei com muito preconceito para uma das participantes, Priscila. Ficou claro que ela foi escolhida pela semelhança com as tais mulheres-frutas. É muito parecida com a mulher-melancia. E tem cara de atriz pornô.
Agora, eu mesma pergunto: e daí? Priscila não tem qualidades só porque se enquadra na moda de comparar bunda com melancia?
Ela percebeu logo a armadilha em que poderia cair. No meio do programa, chorou ao falar sobre o olhar estreito que o mundo lhe dirige. Na edição de ontem, Fran, uma das participantes, admitiu que via Priscila justamente com essa visão. E, na convivência, percebeu que ela não é só uma mulher que inspira aos homens pensamentos eróticos. Ninguém é só isso.
Fran descreveu a moça de Mato Grosso como uma mulher que precisou enfrentar a vida, criar os irmãos menores e lutar por uma vaga ao sol.
Assisto Big Brother, mas não chegava ao ponto de torcer contra ou a favor de algum participante. Pelo menos até hoje. Sei, Priscila vai sair e posar para a Playboy, ganhando ou não o R$ 1 milhão. Provavelmente fará dinheiro com sua figura sensual. De novo, faço a pergunta para mim mesma: e daí?
Desta vez, torço sim. Torço por Priscila. Talvez até como forma de aprender de vez a combater o preconceito.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
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