Laine, uma de minhas entrevistadas que acompanho online, está grávida. Ela foi personagem de uma matéria sobre aborto. Perdeu um bebê no início da gestação, ficou muito mal, mas encontrou força ao ler o livro "Perdi meu bebê. Por quê?". Laine passou a fazer parte de uma comunidade na internet de mães que passaram pelo mesmo drama. Uma consola a outra, dá força, conta histórias de tristezas superadas. Como a dela, agora eufórica com o bebê na barriga.
Eu também já passei por isso. Perdi um bebê no segundo mês de gestação, antes de ter meus dois filhos. Tinha contado para Deus e o mundo sobre a gravidez, já tinha brinquedos dados por amigas, roupinhas, etc. É muito duro, mas passa. Hoje, mão de duas crianças, quase não lembro mais desse episódio.
Uma mulher que perde um filho em gestação fica desamparada. Perde temporariamente o contato com o obstetra, porque não existe mais o bebê na barriga. Fica abalada emocionalmente, mas os que estão em volta continuam a vida normal. E ainda precisa explicar várias vezes por dia o que aconteceu e ouvir frases que nem sempre ajudam.
Por isso a rede de mulheres online é tão importante. São mulheres conversando com mulheres sobre dramas que só elas entendem.
quarta-feira, 25 de março de 2009
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