Às vezes não sei bem o que quero. Tenho dúvidas sobre meus próprios desejos. Fico perdida entre as opções. Acho que todo mundo é assim, vez ou outra.
Mas hoje, segunda-feira, 16 de fevereiro, tarde chuvosa, quase fria, tenho uma certeza: nunca mais quero acompanhar, como jornalista, uma sessão da Câmara de Bauru.
É como se já tivesse cumprido minha cota de sacrifício, entendem? Na verdade, quando comecei a trajetória de repórter política, gostava dos embates no Legislativo. Hoje não suporto. A explicação que encontrei é que na época aprendia a reconhecer esse mundo de manobras, vaidades, discursos e mais discursos em torno de projetos próprios, gerados individualmente. Mundo conhecido e decifrado, quero distância.
Na redação, pela TV, nesta tarde estranha de verão ouvi pelo menos duas pérolas. Pérola número 1: um vereador citou Barack Obama para defender suas convicções sobre a ampliação da licença-maternidade. "Sim, nós podemos", ele disse. Pérola número 2: outro vereador sugeriu que as autoridades de Bauru encontrem formas de bajular desembargadores do Tribunal de Justiça e, assim, consigam que a cidade seja escolhida para sediar uma regional do órgão.
Argh!!
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
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