quinta-feira, 14 de maio de 2009

Televisão

Eu gosto quando o mesmo tema se encontra em diversos meios, por acaso, e posso escrever sobre ele. Então vamos lá.

A Rosana Hermann, do Querido Leitor , blog que sempre leio, faz uma pesquisa online. Quer saber qual é o peso que a TV na vida de seus leitores. Chama o meio de hipnotizador e, apesar de trabalhar nele há 26anos, parece sempre intrigada com o fato das pessoas virarem celebridades apenas porque aparecem no ar.

É intrigante mesmo. Entrevistei dia desses o jornalista Chico Pinheiro. Quer dizer, entrevistei não, ele sentou, falou, falou e quase não teve espaço para perguntas. Ele é inteligente, interessante e também vive intrigado: é celebridade porque aparece na televisão e ainda estranha os inúmeros convites, os pedidos de fotos, de autógrafos. Se sair do ar, vai continuar ótimo repórter. Mas a bajulação acabará.

Também li hoje um texto em que outra jornalista, Lili Prata, fala sobre a televisão. Ela é dona do Blog da Lili, muito divertido. Escreveu sobre o seriado "Sex and City" e o efeito em seu cotidiano. É bem engraçado. Lili não gostava das quatro amigas solteiras e seus dilemas amorosos de mulheres modernas, depois começou a gostar, depois ficou viciada e agora não sabe mais o que fará, porque assistiu todos os episódios, em DVD, e quer mais.

Também cheguei à beira do vício por causa de um seriado "enlatado" (lembram quando essa palavra era usada para criticar os programas produzidos em outros países, lá pelos anos 80?). Gosto de "Sex and City", mas o que quase me levou à dependência foi "ER", o seriado médico.

Após anos como jornalista política, praticamente implorei para mudar de área. Mudei e descobri que adoro fazer matérias sobre saúde. Tenho pelo tema aquela curiosidade genuína que os jornalistas precisam manter. E por isso "ER" despertou um interesse quase doentio. Todo dia queria assistir, mas aquilo começou a me fazer mal. As situações parecem muito reais, tem muito drama, muita tragédia. Aí precisei ser radical. Parei de assistir. Nunca mais vi um episódio.

Este caso seria minha resposta para a Rosana Hermann. O poder da TV é o de estar dentro de casa, acessível o dia inteiro e reproduzir situações que também acontecem na vida real, para o bem e para o mal.

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