Estou com a incômoda sensação de ser enganada o tempo todo - e ter uma tendência a deixar que isso aconteça, numa espécie de inocência que dá raiva.
Sempre achei que as autoridades judiciais têm razão ao defender a "saidinha" dos presos com bom comportamento em datas como o Dia das Mães, dos Pais, Natal, etc. Afinal, presos são pessoas em processo de recuperação, precisam se ressocializar para um dia voltar a viver no meio de gente comum.
De uns anos para cá, no entanto, aumentou a associação entre crimes e o período da tal "saidinha". Ficou comprovado: não são todos, claro, mas há presos que saem para rever a família e praticam crimes no meio do caminho. Aí, é fácil deduzir: não são apenas os bem comportados que saem para a rua.
Hoje tive a certeza que fui boba ao acreditar nos argumentos oficiais. Conclui isso após assistir ao vídeo de uma emissora da Bahia que mostra o estuprador que sequestrou uma pediatra e a filha dela de um ano, tentou violentá-la e a atropelou depois que a mulher reagiu e tentou salvar o bebê, que estava no carro dirigido pelo bandido. Ele circulava por causa da "saidinha" do Dia dos Pais. Era um criminoso perigoso, autor de vários estupros, já havia atacado mulheres no mesmo shopping em que abordou a médica. Solto e frio a ponto de matar uma mãe na frente de sua filha pequena.
Também me sinto enganada em relação à gripe suína. Acreditei nas estatísticas divulgadas pelas autoridades de saúde. Elas diziam - e ainda dizem - que a nova gripe é semelhante à comum em número de pessoas contaminadas e mortes. Agora, o que vejo são medicos desesperados porque os hospitais e pronto-socorros não conseguem atender todo mundo que chega doente. E eles, os médicos e as autoridades de saúde, ainda não sabem explicar porque a nova gripe atinge com força pessoas jovens e grávidas, muitas grávidas.
Estão assustados, como quase todo mundo, apesar das estatísticas que gostam de divulgar.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
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